The Birthday Massacre
tem uma receita especial: adicionar talento, lendas, fofura, expressões faciais
e um monte de guitarra e sintetizadores brilhantes. O que você tem no final é o
mais puro profissionalismo gótico. É de se apaixonar cada vez mais. Nós
conversamos com Chibi, Falcore e Rainbow sobre o novo álbum, Londres, Toronto
e algo mais...
The Dose: O The Birthday Massacre tem estado bem
tranquilo ultimamente. Vocês poderiam nos mostrar algum detalhes de como é a
banda, o que você têm planejado para 2007?
Rainbow: Bem nós estamos
enfurnados nesta casa em Toronto escrevendo nosso próximo álbum. Nós terminamos
nossa turnê europeia no início de Setembro e tiramos um mês para descansarmos,
depois começamos a trabalhar em nosso próximo disco. Depois de alguns meses a
gente se focou em um novo e criativo trabalho. Nós estamos quase terminando as
composições e gostaríamos de começar no estúdio em Abril. Nós também estamos
trabalhando com algumas ótimas pessoas
para o desing do álbum assim como o novo site. Nós realmente estamos felizes de
como isso tudo tem se encaixado
The Dose: Alguma chance de shows em festivais de verão na Europa, como
o M’era Luna ou WGT?
Rainbow: Nós provavelmente não começaremos uma turnê antes de Agosto.
Eu sei que nós iremos tocar no “Black Sun Festival” nos Estados Unidos mas
honestamente não posso dizer onde nós tocaremos depois disso. Eu acho que nós
faremos alguma turnê pela Europa, talvez entre o outono e o inverno.
The Dose: O que eu sei é que vocês
planejam lançar o novo álbum em Agosto deste ano. Por favor, nos dê alguns
detalhes exclusivos sobre esse lançamento, quais músicas, covers, algumas
mudanças sultis que podemos esperar? Vocês planejam algums teasers como vocês fizeram com Kill
the Lights?
Rainbow: O lançamento está
atualmente remarcado para início de Setembro. É um pouco diferente mas uma
progressão natural do Violet. Eu realmente quero que o resto seja surpresa
então é tudo o que eu irei dizer. Nós iremos manter as pessoas atualizadas
através do site.
The Dose:O novo álbum será
gravado pela Repo/Metropolis? Há alguma chance futura parceria com a labelmates?
Chibi:Sim, o novo álbum será
gravado com a Repo e Metropolis. Em relação às parcerias, nós sempre estamos
abertos para trabalhar com outras bandas. As parcerias passadas sempre foram
divertidas, fazendo remixes e trabalhando juntos com outras, é algo que nós
sempre nos divertimos em fazer. Eu tenho certeza que faremos mais.
The Dose: Me deixe misturar as
coisas um pouco. Como eu sei, você se formou em London, Ontario. Então você
poderia me dar algumas dicas turísticas – como foi passar sua infância lá e o
quais memórias e experiências guardadas dentro de si que tem se manifestado com
o fenômeno TBM? Alguns
lugares que você me recomendaria?
Chibi: Na verdade, London, Ontario é onde nós nos
conhecemos e onde a banda foi formada. Todos nós nascemos e crescemos em
diferentes e pequenas cidades nos arredores de Ontario. Eu sou de Cambridge,
então obviamente que eu tenho muitas lembranças de lá. Há um parque próximo a
minha casa, sobre uma colina com muitas escadas que leva a uma área com bancos;
eu me lembro de ficar sentada lá olhando para o centro de Cambridge. Também
explorando ao longo do Grand River. Há
muitas cavernas e trilhas onde você pode caminhar por horas. Isso é até um
pouco triste porque minha cidade tem se tornado cada vez mais desenvolvida, e
cada vez que vou para casa visitar minha família as coisas estão diferentes.
Não é a mesma cidade pequena de antes, e muitos lugares que eu acostumava
explorar e ir se foram. Eu acho que isso acontece com todo mundo, vendo uma
parte de sua infância desaparecer de forma literal com as mudanças em sua
cidade natal.
The Dose:Você se mudou para Toronto, por que você escolheu aquela cidade?
Chibi: Toronto é como se fosse
a “Cidade Preciosa” para as pessoas de Ontario. É a maior cidade, cheia de
oportunidades. Claro que uma banda nova gostaria de se mudar para lá porque
exista uma cena musical muito maior do que aqui, mais formas de conseguir estabilidade.
É uma cidade bem diversificada. É complicado permanecer em cidades pequenas se
você está interessado na cena alternativa. Você quer ir para algum lugar onde
você possa de verdade ter uma multidão curtindo um show de rock. Toronto foi
definitivamente coerente para nós, embora London nos trate bem também. Mas as
pessoas querem começar a carreira em uma cidade maior.
The Dose: Como é fazer parte da
cena canadense agora? Quais são os pontos chaves, quais lugares você
recomendaria para um turista?
M.Falcore: Nós somos as ovelhas
negras da cena Canadense. A imprensa livre mal nos reconhece e a indústria da
música nunca nos ajudou. Não que tenhamos ressentimento em relação a isso, até
nos ajudou a ter nossas próprias realizações, tendo nossa própria filosofia,
DIY, Do
It Yourself (do inglês faça você mesmo). Somo amigos
das bandas e crescemos aqui como Lye e Attire, e nós fazemos é ajudar uns aos
outros. Mas fora do círculo de nossos amigos a cena é diferente. Se você está
visitando Toronto eu recomendaria que você fosse para China Town, Pequena Itália,
praticamente todos os países tem uma pequena vizinhança. Aqui passam muitos
filmes que não passam em outros lugares. À noite eu iria ao Bonive Sex Club. É
um local onde toca blues, country entre outros tipos de música. Ou veja se o
The Birthday Massacre irá tocar lá também, hahaha.
The Dose:Antes de tudo vocês têm
um visual muito importante para a banda e vocês têm feito um trabalho magistral
em relação a isso – e é algo que clama uma por algo mais, mais interatividade
(graças ao Aslan) – então tem alguma possibilidade do lançamento de algum jogo
para computador ou algo parecido?
M.Falcore: Nós nunca pensamos em
fazer um vídeo game. É até uma ideia interessante. Nós tentamos ser cuidadosos
em não explorar demais nossa imagem. Isso poderia nos expor demais e nós não
gostamos disso. Ao menos claro que você seja fã de beijos de fãs. Nós temos
pensado em outras incorporar outras formas de mídia como vídeos em nosso site.
Mas isso teria que esperar até a música do próximo álbum esteja pronto.
The Dose: Existe alguma chance de
ver as músicas do Imagica regravadas em um EP ou no site?
Chibi: Nós temos pensando
muito em nossas antigas canções, e muitos fãs também. Seria algo realmente
legal voltar com nossos lances antigos e revisá-los. Definitivamente existe sim
esse desejo, mas também existe a vontade de trabalhar com os lances novos e
continuar crescendo e seguindo em frente. Houve momentos no passado quando nós
surpreendemos as pessoas tocando algo das antigas ao vivo.
Rainbow: Elas ainda estão em 4
fitas. Eu amaria arquivar da maneira correta e compartilhar com quem quisesse
ouvir mas realmente não temos tido tempo. Quem sabe algum dia.
The Dose: Vocês têm feito alguns
remixes para MSI, Vogt e Dope Stars Inc. Vocês os tocariam ao vivo? Algum plano
para as versões alternativas dos vocais da Chibi? Vocês planejam mixar ou remixar algo em breve?
Rainbow: Ah sim, nós fizemos
essas produções juntos durante as turnês. Eu nunca tinha feito um remix antes
de Funker Vogt. Isso foi algo que tentei fazer. Eu particulamente me diverti
fazendo a mixagem para “Straight To Video” (MSI). Esse é o único já rolou ao vivo. Nós tocamos uma vez em
Washington DC e no dia seguinte na festa New Years Eve em Los Angeles. Antes
dos ensaios eu não sabia como encaixaria os vocais da Chibi mas ela segurou
legal e no final ficou muito legal. Nós temos alguns remixes em nossas coisas
no passado mas nunca gravamos nada. Vamos ver o que acontece.
The Dose: Não há um fã se quer que não ficaria familiriazado com o
Coelho.Você
já encontrou algum nome para o coelho?
Chibi: Ainda não. É muito
difícil encontrar um nome para o Coelho. Eu nem tenho certeza se ele é um
menino ou uma menina.
The Dose: Com todas as
referências aos contos e reinterpretações dos clássicos, o que vocês acham
sobre o filme Labirinto do Fauno? Em relação ao Lenore e Jhonen Vasquez?
Chibi: Eu ainda não assisti o
Labirinto do Fauno. Eu acho que os outros têm algumas partes. Eu assisti outro
filme do Gillermo Del Toro “El Espinazo Del Diablo” e foi absolutamente
incrível. Eu acho que sempre fui atraída pelo mundo da fantasia e quadrinhos,
um de meus ilustradores/autores favorito é o Edward Gorey, eu acho que o
Rainbow tinha uma blusa do Lenore.
Rainbow: Sim, eu tinha uma blusa
do Lenore. Eu também assisti Labirinto do Fauno e achei muito bem feito.
Engraçado você citar Jhonen Vasquez porque eu participei de um jantar com ele
sem reconhecê-lo. Eu apenas percebi alguns minutos depois que saímos do
restaurante e alguém começou a falar sobre o trabalho dele. Foi uma vergonha
porque eu realmente gosto to trabalho dele e gostaria muito de ter conversado
com ele. Eu sei que não é muito mas pelos menos é algo sobre o assunto.
The Dose: Vocês já depararam com
qualquer obra de arte (de estátuas de livros) que realmente tivessem harmonia
com a música que vocês fazem?
Chibi:Um de meus escritores favoritos é Frances
Gordon. Todo o seu trabalho é sobre contos de fadas, e modernizando-os, com uma
real retorcida e com sentimentos obscuros. Por exemplo, Chapeuzinho Vermelho, e
traduzindo a garotinha que veste um agasalho vermelho e em seu caminho para
escola atravessa um grande monastério. O “lobo” é arrepiante, um padre do mal
que se esconde nas terras. Então eu acho que sempre apreciei seu trabalho e
comparando com nossa imagem: fantasia, mas escuridão, em contraste com a
inocência e a maldade.
The Dose: O que vocês têm lido,
assistido e ouvido hoje em dia?(E cozinhando! Isso é importante, mesmo Juno
Reactor’s Ben Watkins confessando sua habilidade culinária).
Chibi: Eu estou
atualmente devorando todos os livros de Richard Laymon que chegam em minhas mão
(embora eu não possa recomendá-los em boa consciência), assim como meu line up de crimes reais e romance
ocasional histórico. He he he, eu realmente amo cozinhar. Eu amo fazer cupcakes
com marshmallow decorados com flores de geleia por cima. Eles sempre ficam incríveis
e acaba que não quero comê-los.
Rainbow: Eu estou lendo Popcorn de Ben Elton e The
Damnation Game de Clive Barker. Eu não costumo assistir
TV mas sempre vou ao cinema. Falcore e eu fomos assistir “300” de Frank Miller.
Isso foi tão macho. Todo mundo fazendo barulho e bagunça durante o filme todo.
Eu achei tão ridículo que me deu vontade de começar a lutar com as pessoas. Eu
também peguei o novo DVD ao vivo do Nine Inch Nails. Trent, o vocalista ainda
pega pesado, isso não posso negar. Ele está tão forte que poderia ter
participado de 300. Ele parece o Spartacus moderno.
The Dose: Levando em
consideração todo o lance violeta e trágico-cômido do TBM, qual a real
influência de escritores como Fletcher, Dürrenmatt, Stoppard ou Pinter?
Rainbow: Para ser
honesto, eu provavelmente sou mais influenciado pelos livros que meu pai lia
para minha irmã e eu quando éramos crianças. A vida é uma trágica comédia e nós
somos o reflexo dela e temos que nos divertir com isso. Nós somos conscientes
que é claro que temos que nos esforçar para não sermos apenas passivos diante
do que acontece, entretanto, eu não nos vejo fazendo grandes discursos teóricos
em nossos shows. Não creio que isso daria certo em algum festival.
The Dose: Nós podemos
esperar novos vídeos ou algum DVD de turnê?
Chibi: Certamente que
faremos alguns novos vídeos, mas o foco agora está nas composições. Nós temos
pensando sobre gravar um DVD, então temos que ver o que irá acontecer. Estamos
muito ocupados, eu acho que temos que terminar as gravações e depois começar a
nos focar no vídeo ou algo mais.
The Dose: Chibi você
disse que está interessada no desempenho das mulheres na cena industrial.Como seria isso exatamente?
Chibi: Eu acredito que
ser uma mulher em uma banda, ainda mais uma banda que está na estrada por meses,
é uma experiência única. Viajar pode ser difícil para todos, ou divertido para
todos, mas para mim é interessante porque tenho a chance de conversar com
outras mulheres de outras bandas e aprender com elas. Eu acho que,
principalmente na América do Norte existe muito machismo, e em algumas
circunstâncias aqui e ali me fez ter mais consciência de minha feminilidade e às
vezes isso me deixar em uma situação estranha, desagradável. Eu tenho tido
oportunidade de conversar com muitas mulheres de bandas ou que trabalham na indústria
musical, e é legal saber que elas também se sintam assim. Elas me aconselham e
acho isso muito bom.
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